Hoje fui passear no mercado municipal e adivinha o que encontrei?! Bergamota. Daquela comum mesmo, que raramente se vê nos mercados. Comprei um sacão cheio e agora to aqui sentado, comendo e com um sorriso estampado no rosto. O gosto e o cheiro trouxeram tantas lembranças. Na casa do meu pai tinham várias árvores de frutas – amora, pitanga, aritcum, laranja, bergamota, ameixa, limão, canela (que não é fruta, mas conta também), lima, abacate e pêssego. Um paraíso. Não tem como descrever o gosto de comer a fruta diretamente do pé, é outra coisa. A gente subia na árvore e ficávamos sentados no telhado da garagem do vizinho, comendo uma bergamota atrás da outra. O pé de aritcum tinha um significado todo especial. Tem gente que conhece como fruta do conde, mas pra mim é aritcum, assim como mandioca é mandioca, nem vem com esse negócio de aipim. Hoje em dia é muito raro ver uma árvore dessas, mas quem tiver a oportunidade verá a diferença dessa coisa açucarada que compramos no mercado.