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Mostrando postagens de março, 2010

Amizade perde a validade?

“Graças à amizade estão presentes os ausentes os pobres são ricos, os covardes ficam valentes, e o que é mais incrível, os mortos vivem.” CÍCERO Amizade perde a validade?  Existe um ponto exato onde amigos passam a ser, sei lá, meros conhecidos, colegas ou ex-amigos? Eu acredito que amigos são para a vida toda e tenho minhas teorias e crenças sobre o assunto. Uma delas é que a amizade não se perde com o passar dos anos e a distância, mas se transforma nos mais diversos tipos e formas, como o retrato de Dorian Gray . Sabe aquela música do Lulu Santos: “Nada do que foi será/ De novo do jeito Que já foi um dia Tudo passa /Tudo sempre passará... tudo muda o tempo todo no mundo...”?! Assim é a amizade. Mas não é a amizade que muda, são as pessoas. Sim, meu amigo, as pessoas mudam: eu mudo, tu mudas, Dorian Gray muda e isso é inevitável. À medida que a porcentagem de nossa vida evolui, mudam os conceitos, crenças e necessidades. E com isso, mudam as amizades. Talvez não seja bem iss

"... a máscara e o rosto trocam de lugar..."

Sábado, 08:50, ao som de Nei Lisboa. Ontem fui ver o show do Pouca Vogal aqui em Joinville. Sobrevivi. “Ah, mas o que tem demais num show?” Na verdade não tem nada demais. Tranquilo. Mas eu já estava nos ‘pés da égua’, antes mesmo de iniciar. Três dias antes havia dormido tri mal, não lembro por que, mas não dormi direito. Na noite seguinte, acordei no meio de um sonho – sonhava que estava fazendo um código em Java e estava dando erro e eu no auge do sonho tentava, em vão, resolver o problema. Acordei pensando no tal código. If (acordar durante a noite com vontade de mijar) then {         ir ao banheiro tirar a água do joelho } Else {         corre o risco de fazer xixi na cama } Tirei a água do joelho, até porque se entrasse no Else a coisa iria ficar preta e molhada. Voltei pra cama e quem disse que eu conseguia dormir?! Lógico que fiquei pensando no tal código e em como resolvê-lo. Mas como se faz para resolver um problema que não existe? É, às vezes essa idéia de que progra

... e viajando com loucos pensamentos...

  Já te aconteceu de acordar durante a noite e, por causa de um sonho ou insônia, ficar pensando em coisas estranhas, meio sem sentido ou então ficar viajando nas tais teorias da conspiração? Isso me aconteceu outro dia. Acordei de madrugada, fui tirar a água do joelho e quando deitei na cama fiquei filosofando comigo mesmo. Percebi que há muitas semelhanças entre nossa vida e a programação. Tá, por ser um programador tupiniquim minha opinião é meio suspeita, mas não é que tudo acaba fazendo sentido? Tudo em nossa vida acaba girando em torno de tomadas de decisão ou então estruturas de repetição. Tudo que fazemos pode muito bem virar um algoritmo. O próprio fato de levantar (ou não) para ir ao banheiro é um exemplo bem simples: while (o relógio não despertar à dormir) {     IF (acordar durante a noite com vontade de mijar) then           ir ao banheiro tirar a água do joelho     Else           corre o risco de fazer xixi na cama }   Um colega de trabalho escreveu que “código é

O tempo passou e me formei em solidão

Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe mandando a gente caprichar no banho porque a família toda iria visitar algum conhecido. Íamos todos juntos, família grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite. Ninguém avisava nada, o costume era chegar de paraquedas mesmo. E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um. – Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre. E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia. – Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável! A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e minha mãe de papo com a comadre. Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá, entreolhando-nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro... casa singela e acolhedora. A nossa t

Com os pelinhos na cerca

Ontem, quando fui olhar a hora no celular, pensei: “8:32... putz, a bateria tá terminando... não posso esquecer de carregar essa coisa quando chegar em casa.” Cheguei em casa, larguei minhas coisas no “escritório”, dei um beijo na patroa, troquei de roupa, fiz um café bem quente e fui pra cama ouvir o jogo do Grêmio. Findado o “espetáculo”, fiz os últimos preparativos para mais uma noite tranqüila de sono e apaguei. Levantei de madrugada para ir tirar a água do joelho e, meio sonolento, tentei imaginar que horas eram: “ah, ainda ta escuro, dá para dormir mais um pouco”. Virei para o lado e continuei babando no travesseiro. Acordei com o ronrom do Iron na minha orelha (gatinho mais novo). Levei a mão ao bidê para pegar o celular e aí bateu o pânico. O quarto já estava claro e lembrei que tinha que carregar o “cidadão”. Fui direto para a cozinha ver a hora no microondas: 6:55. Ufa. Alívio. Ainda deu tempo para um café minguado... Foi a mesma sensação que senti quando o Grêmio marco