Sábado, 08:50, ao som de Nei Lisboa. Ontem fui ver o show do Pouca Vogal aqui em Joinville. Sobrevivi. “Ah, mas o que tem demais num show?” Na verdade não tem nada demais. Tranquilo. Mas eu já estava nos ‘pés da égua’, antes mesmo de iniciar.
Três dias antes havia dormido tri mal, não lembro por que, mas não dormi direito. Na noite seguinte, acordei no meio de um sonho – sonhava que estava fazendo um código em Java e estava dando erro e eu no auge do sonho tentava, em vão, resolver o problema. Acordei pensando no tal código.
If (acordar durante a noite com vontade de mijar) then {
ir ao banheiro tirar a água do joelho
}
Else {
corre o risco de fazer xixi na cama
}
Tirei a água do joelho, até porque se entrasse no Else a coisa iria ficar preta e molhada. Voltei pra cama e quem disse que eu conseguia dormir?! Lógico que fiquei pensando no tal código e em como resolvê-lo. Mas como se faz para resolver um problema que não existe? É, às vezes essa idéia de que programador vive meio fora da casinha parece fazer sentido. As 06:30 o despertador berrou e eu mal tinha pegado no sono. Levantei me arrastando, meio mal até e fui trabalhar. À noite tive aula de Java e prova de Estatística. F****!
E ontem foi o show! Já saí de casa cansado, com sono e saudades do meu travesseiro. Mas já havia comprado o ingresso e, afinal de contas, era show do Humberto. Coloquei um abrigo azul, a camisa do Grêmio e caí na noite – na noite, não na gandaia. O show de abertura estava marcado para as 23h, então achei tranqüilo. Pura esperança e inocência pensar que o show iria começar no horário. O Humberto e o Duca subiram ao palco já passava da uma e eu lá, em pé, todo dolorido, cansado, com fome e ainda pensando no travesseiro.
Mas o show foi legal. Adorei! O Humberto continua o mesmo de sempre, apesar de estar diferente. Cantei junto às músicas até onde a gogó agüentou e depois fiquei curtindo na boa o resto do show. Legal que eu não era o único titio na platéia, tinha muita gente da minha idade e até mais velhas. Na saída fui comer um cachorro quente numa banquinha que tinha em frente. Ufa, sentei e comi com uma vontade nunca vista antes. Foi o melhor cachorro quente que comi em anos. Lógico, que os de Campo Bom seguem imbatíveis, mas isso é outra história.
Na saída, tinha dois caras com camisa e bandeira do Inter e quando a gente se viu, começamos a rir. Uma rivalidade saudável, que lembrou as minhas idas ao estádio.
E agora estou aqui, tomando meu chimarrão e me preparando psicologicamente para resolver meus problemas reais de Java.
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