“Graças à amizade estão
presentes os ausentes
os pobres são ricos,
os covardes ficam valentes,
e o que é mais incrível,
os mortos vivem.”
presentes os ausentes
os pobres são ricos,
os covardes ficam valentes,
e o que é mais incrível,
os mortos vivem.”
CÍCERO
Amizade perde a validade? Existe um ponto exato onde amigos passam a ser, sei lá, meros conhecidos, colegas ou ex-amigos?
Eu acredito que amigos são para a vida toda e tenho minhas teorias e crenças sobre o assunto. Uma delas é que a amizade não se perde com o passar dos anos e a distância, mas se transforma nos mais diversos tipos e formas, como o retrato de Dorian Gray. Sabe aquela música do Lulu Santos: “Nada do que foi será/ De novo do jeito Que já foi um dia Tudo passa /Tudo sempre passará... tudo muda o tempo todo no mundo...”?! Assim é a amizade. Mas não é a amizade que muda, são as pessoas. Sim, meu amigo, as pessoas mudam: eu mudo, tu mudas, Dorian Gray muda e isso é inevitável. À medida que a porcentagem de nossa vida evolui, mudam os conceitos, crenças e necessidades. E com isso, mudam as amizades. Talvez não seja bem isso que quero dizer, não é que a amizade muda, mas às vezes aquela identificação que tínhamos antes talvez não seja mais a mesma e uma das pessoas (ou ambas) acabe olhando e seguindo em outra direção e aquela identificação toda acaba se perdendo pela estrada.
Mas mesmo assim continuo achando que a amizade prevalece, apesar da distância ou ausência, mesmo que já não haja mais toda aquela intimidade e cumplicidade. Cada amigo que passou em minha vida teve sua importância e de alguma forma contribuiu para aquilo que sou hoje (“... somos o que há de melhor, somos o que dá pra fazer...” HUMBERTO GESSINGER).
Um exemplo que ilustra muito bem o que quero dizer ocorreu quando morava em Fortaleza. Um belo dia (“parece que foi ontem, parece que chovia”) meu amigo Tibúrcio bateu à porta para tomar um chimarrão e contar uns causos. Bah fazia anos e anos que não nos víamos. Eu saí de Ijuí em 1994 e o Karlinski pouco tempo depois (casou e foi embora, não necessariamente nesta mesma ordem) e depois disso foi um ou dois encontros casuais na “terrinha” e nada más. E, apesar do tempo que passou e dos rumos diferentes que cada um seguiu, algo meio que ficou parado no tempo. E foi assim meu encontro com o Marcos, no início talvez um pouco tenso, com um pouco de cerimônia, afinal de contas, já haviam se passado anos da última vez que conversamos. E agora eu estava casado e ele também, sem um conhecer a Frida do outro. Mas como sempre, ou quase sempre, a amizade falou mais alto e passamos bons momentos enquanto ele esteve por lá. Bons momentos guardados na memória e nas fotografias.
E é isso, amigos são como tatuagens, que podem estar desbotadas, quase apagadas, mas continuam lá, mesmo que não tenham mais o brilho de outrora. Isso é bom, mas é ruim, mas é a vida...
Vinícius disse: “que seja eterno enquanto dure...” e Pablo Sant’Ana rebateu: “o amor e a amizade não são eternos enquanto duram, são eternos, mesmo depois que acabam.”
Tche!
ResponderExcluirFala meu parceiro.
Percebi que você gosta de escrever.. o meu blog ainda está parado! (rs)
Acredito que exista amizade durável e não-durável.. Recentemente fui a uma cidade que morei a uns 6 anos atrás e revi os meus amigos.
Muitos deles vieram me cumprimentaram com entusiasmo e fizemos aquela farra, mas fiquei triste por que vi alguns amigos me evitando.
Ainda não sei o motivo de me evitarem. Enfim, passou!
Quando a amizade é verdadeira, você evita os incidentes e procura viver somente o que ficou de bom. Talvez com um pouco de nostalgia, mas vive o lado bom!
Esse é meu ponto de vista..
Abraços
Tcheeeeee!
Realmente amizade não perde a validade, mesmo que os amigos demorem séculos a enviar emails, não escrevam mais cartas, não se encontrem, continuarão amigos, "mesmo q o tempo a distância digam não"...
ResponderExcluirConcordo plenamente com a Marcia, e acrecento, muitas pessoas confundem amizade que tem um sentido mais amplo com uma simples convivencia e para mim a verdadeira amizade não perde a validade se perder nao era verdadeira...
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