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A transição entre um livro e outro

 

Nessa semana estava testando um equipamento no trabalho quando recebo uma notificação da Juliana, no Skype (sim, o véio ainda utiliza o Skype – saudades do MSN):

- Tu comprou mais um livro?!

Nos lábios uma risadinha maldosa e inocente:

- Eeeeeeeeeeu?

Era mais uma obra do Júlio Verne. Eu estava lendo “A volta ao mundo em oitenta dias” e me apaixonei pela leitura, aí resolvi comprar mais livros do autor, para ir saboreando em doses homeopáticas.

- Tu já tem vários livros, mais do que tu lê.

Como é que eu vou explicar que cada livro tem o seu tempo certo para leitura? Pelo menos é assim que funciona para mim. É quase como a música: tem horas que tu quer ouvir um bom e velho rock, e noutras, jazz. Raramente eu emendo a leitura de um livro no outro, gosto de dar alguns dias para ruminar aquilo que li, relembrar momentos do livro, às vezes até refletir sobre o que foi dito.

Além disso, quando estou lendo um livro, estou envolvido na leitura e não fico pensando no próximo, mesmo quando o livro já está quase no final. Quando vou escolher um livro para ler, geralmente eu paro em frente a estante e pergunto para eles:

- E aí, o que eu quero ler agora?

Nem sempre tenho a resposta, aí não pego nenhum. Volto no dia seguinte e faço o mesmo questionamento. Tem vezes que demoro alguns dias ou semanas para pegar outro, mas isso faz parte. A leitura tem que ser algo prazeroso, que me faça viajar ou sonhar junto com o autor.

Enquanto escrevo esta postagem, aproveitei para comprar mais livros, para desespero da patroa.

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