Pular para o conteúdo principal

Domingo chuvoso + falta de Internet = trabalho


Como todo domingo, acordei cedo e, antes de qualquer coisa, fui cevar o amargo da tradição. Liguei o computador e a ideia era estudar um pouco. Até porque o dia não estava bom para passear, pois havia chovido a noite toda (com direito a vento forte). Talvez por conta disso não tinha Internet. Não tem problema, posso utilizar a conexão do celular, mas que isso era um mau sinal, ah isso era. Tentei ficar quietinho no meu canto e  coloquei no volume mínimo a narrativa do instrutor do curso. Não vamos dar chance ao azar e chamar atenção. Tudo estava indo relativamente bem, quando ouvi lá da sala o som da derrota:

- Moriiiiiiiiinho...

Senti um frio na espinha e pelo tom da voz eu já sabia o que me esperava. Apesar de não saber exatamente o que teria que fazer, eu sabia que teria que fazer algo. A voz da Juliana chegou mais perto e eu fui me encolhendo na cadeira.

- Eu estava pensando, queria tanto mudar o quarto, trocar a cama de lugar.

Sabia que a falta de Internet era o prenúncio de algum tipo de trabalho. Trocar a cama de lugar não era simplesmente colocar ela em outra parede. Não senhor. Teria que mover um roupeiro enorme de lugar, tirar a cabeceira da cama, que pesa uma tonelada (que por sinal foi eu quem fiz, em outro domingo chuvoso), pintar o quarto, pintar a parede da cabeceira de outra cor e, se der tempo, trocar os rodapés. Era uma vez o futebol na TV com chimarrão e pipoca.

Veja bem, não estou reclamando, eu gosto de fazer esse tipo de coisa, mudar as coisas de lugar é sempre bom. Dá trabalho, mas ajuda a quebrar a rotina e o ar do ambiente.

Então foi aquela função, esvaziar o guarda-roupa, tirar as portas para deixar mais leve, desprender a cabeceira da parede, arrumar os fios de energia das tomadas e das luminárias.... Feito isso, chegou a hora de mover as coisas para seus devidos lugares e ver como iria ficar. Não ficou. A cabeceira não coube na outra parede e iria ficar tudo muito apertado no quarto. E lá fui eu colocar tudo de volta no lugar.

Mas de trocar os rodapés e pintar o quarto eu não vou escapar. E a previsão do tempo para o próximo final de semana é de mais chuva. Nem queria passear mesmo.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aníbal - Carência (1989)

Aníbal foi um cantor que surgiu em 1989 e, aparentemente, lançou somente um disco. Foi um som que marcou minha adolescência e traz lembranças da terrinha (Ijuí/RS), dos amigos. Para quem quiser conferir, pode baixar o arquivo no 4Shared ( clique aqui ).  

Relógios exóticos

Os seres humanos começaram a contar as horas olhando para cima e definindo a posição do sol. Depois vieram as ampulhetas e os relógios de água. A identidade do criador do relógio mecânico é recheada de controvérsia. Para uns veio do Oriente, já que Carlos Magno teria ganho um mecanismo de medição de horas do califa de Bagdá. Para outros, foi um arcebispo de Verona em 800 d.C., e há quem atribua o fato para o Papa Silvestre 2º. O relógio de bolso surgiu em torno de 1.500 e credita-se a invenção do modelo de pulso a Santos Dumont e Louis Cartier (aqui também há gente que discorda do acontecimento). Seja lá quem foi o pai da sensação de estarmos atrasados, o relógio de pulso pode dizer muito da personalidade de quem usa, já que existem os modelos mais esportivos, outros mais clássicos e até mesmo os vintages. E é um campo fértil para os designers e tecnólogos, por isso selecionamos dez relógios totalmente diferenciados e com alguns a leitura de horas pode ser tão complicada quanto enten

Qual é a maior dificuldade do ser humano?

Pensa rápido: qual é a maior dificuldade do ser humano? Pensou? Bom, eu também não sei, por isso mesmo que perguntei. Mas sinto que as pessoas tem muita resistência à mudança. Não estou falando simplesmente sobre mudar de endereço ou de emprego, mas sim na mudança de hábitos e, principalmente, mudar aquilo que nos deixa infelizes, angustiados ou simplesmente aquele sentimento de insatisfação que vai corroendo por dentro. Ficamos acomodados em nossas vidas mesquinhas, com medo de encarar o desconhecido e aquela situação que era para ser passageira vai se enraizando cada vez mais e, por fim, acaba tomando conta da nossa vida. Lógico, é mais fácil deixar tudo como está e ver no que vai dar do que arregaçar as mangas e ir à luta. “Os barcos estão mais seguros nos portos, mas não foi para isso que foram construídos.” Alguém pode dizer: "ah, melhor ficar com o pouco que tenho do que arriscar e ficar sem nada", ou então "por que começar de novo, numa nova Cidade ou Estado