Semanas atrás comprei, pela Internet, o novo cd do Humberto Gessinger – Insular. Era a pré-venda do disco, o qual viria acompanhado de um pôster e autógrafo personalizado (só que não). O tempo passou e, diferente daquele tempo, não fiquei ansioso e meio que esqueci que havia comprado.
E hoje, quando cheguei para o almoço, a Frida comentou que havia uma carta registrada. Como ela já foi adiantando que não era multa, enton imaginei que fosse o tal cd. Almocei, escovei os dentes, brinquei um pouco com os gatinhos e, só lembrei da tal carta porque fui conferir o status de um download. Não havia criado expectativas, mas meio que me decepcionei quando abri, pois o tal pôster era na verdade um cartazinho e o tal autógrafo personalizado ficou no vácuo. Mas enfim, no final das contas dei um leve suspiro e… fazer o que né?
Fosse no tempo em que eu era tri fã dos Engenheiros do Hawaii o sentimento seria outro. Naquele tempo eu contava os dias para a chegada de um disco novo, a ponto de ir praticamente todos os dias na loja perguntar se já havia chegado. E quando comprava, ia literalmente correndo para casa e ouvia música por música, “com os ouvidos limpos”. Os fortes entenderão! hehe. Mas entenda-se por ouvidos limpos ouvir as canções com atenção, acompanhando as músicas com o encarte nas mãos e saboreando as palavras que estavam sendo transmitidas em cada letra como se fossem as últimas. Ah, e tinha toda a arte na capa, nos bolachões e encarte.
“Tudo muda ao teu redor, o que era certo, sólido
dissolve, desaba, dilui, desmancha no ar…”
Não estou desdenhando a obra do Humberto só porque o autógrafo não veio. O que estou querendo dizer é que tanto faz como fez. Ouvi parte no carro, no caminho nosso de cada dia das idas e vindas do trabalho, e li sim o encarte, mesmo que na corrida. E, num primeiro momento, gostei. Mas já não é mais como era antes, algo se perdeu pelo caminho e só ficou a lembrança do romantismo de outrora.
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