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Céu de brigadeiro sobre nós

Ontem à noite, depois de olhar mais um episódio de REVENGE, comecei a me preparar para ir ao berço e fui recolher os gatos que estavam correndo na grama. E na penumbra da noite uma imagem me chamou atenção: o céu e a lua. Show de bola. Fiquei ali parado só admirando a beleza das nuvens, como se fossem flocos de algodão e a lua passando entre elas. Por um momento fiquei olhando e cantarolando mentalmente: "... um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão...". Busquei a máquina fotográfica e tentei capturar o momento. As fotos até que ficaram boas, quer dizer, não tão boas, mais ou menos, mas até que gostei.

Tu já reparaste que raramente a gente consegue capturar o sentimento, a sensação sentida naquele momento em uma fotografia? As fotos do céu ficaram legais, mas não refletem nem de longe o que eu senti ao olhar para o céu. Outro dia fui em um parque com várias cachoeiras e tirei fotos bem legais, mas em nenhuma foto consegui capturar a verdadeira beleza do lugar e nem o que eu senti olhando a água cair nas pedras ou daquele verde sem fim do lugar. Aquela paz de espírito, a calmaria das águas percorrendo seu caminho entre as pedras, o som dos pássaros e dos animais invisíveis ou camuflados no meio de todo aquele mato, tudo isso fica só na memória e quem olha a fotografia não tem nem noção disso e nem pára para pensar ou refletir.

Talvez seja falta de talento, não saber configurar devidamente a máquina fotográfica,  não conseguir pegar o ângulo ou luminosidade ideal ou então o ambiente não estar na CNTP (taí uma cousa que jamais esqueci das aulas de química: Condições Normais de Temperatura e Pressão – valeu professor Ivo). São tantas variáveis que eu até me perdi nos pensamentos e não lembro mais o que ia escrever… hehe.

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Mas é isso, o olhar frio da lente da máquina capta apenas parte de um cenário, uma imagem nua e crua sem levar em consideração todo o contexto ou então a história que por ventura possa ter por trás da fotografia.

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