Para que o texto possa ser compreendido em sua essência, se faz necessário ouvir as palavras de Nietzsche com os “ouvidos limpos”, ou seja, despidos de pré-conceitos ou convicções religiosas. O texto aborda, principalmente, os conceitos de super-homem e do eterno retorno.
O super-homem é aquele ser em constante evolução, que consegue superar-se a cada dia, revendo seus valores e respeitando sua existência. Em outras palavras, podemos (e devemos) ser felizes e aproveitar a vida aqui e agora, não se prendendo a filosofia religiosa que prega uma existência póstuma, que a paz de espírito virá após a morte.
Oposto a isto, o homem mesquinho e rancoroso é o homem que despreza seu corpo e sua existência. É o ser acomodado, que apenas sobrevive conformado em suas limitações e preso às barreiras que a vida lhe impõe. E esta atitude é justificada com a suposta continuidade da vida após a morte É um indivíduo preso às suas crenças, esperando, pacientemente, pelo reino dos céus.
O eterno retorno está simplificado na ideia de que “tudo se repetirá”, que a vida é feita de ciclos e, fatos passados, certamente ocorrerão no futuro, ou seja, nossa existência alterna-se entre bons e maus momentos, alegria e tristeza, prazer e dor, um momento completando o outro.
A tripla metamorfose nada mais é que a ideia da superação, da capacidade que todos temos em resolver nossos problemas. E, para que isto ocorra, é preciso um novo começo, abrir mão das opiniões alheias e conceitos pré-concebidos, enxergar o mundo e a vida sob uma óptica diferente.
Acredito que todos nós já experimentamos esta experiência da transformação em algum momento de nossas vidas, uns com mais, outros com menos intensidade. E, relacionando o conceito da tripla metamorfose com minha vida, percebi que, em diversos momentos, passei por esta experiência. Quando, por exemplo, abandonei tudo e mudei da cidade de Ijuí para Campo Bom, começando uma nova vida literalmente “do zero”. Ou então, quando saí de um emprego estável e, de certa forma, confortável, rumo ao desconhecido, em um Estado do Nordeste, com a perspectiva de uma nova vida. E, mais recentemente, após vinte anos, retomei os estudos e dei início a uma Faculdade.
São estas pequenas (mas constantes) transformações que nos fazem crescer, e por que não, dar um sentindo à nossa vida.
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