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Meus bons amigos

Responda rápido: quem é teu melhor amigo? Tic tac tic tac... pensou? Eu sim e não me veio ninguém à cabeça. Tá, marido/mulher não conta. Nem animal de estimação. É triste isso. Já escrevi outro dia  que após várias mudanças acabei perdendo minhas referências e os novos  amigos passam a ser colegas. Lógico, existem exceções, mas de um modo geral é por aí mesmo.

Mas nem sempre foi assim. Meu primeiro melhor amigo foi o Luciano, colega de aula, na 3ª série. Era uma pessoa bacana, até que um dia aprontou uma... Putz, eu tinha 7 ou 8 anos e nunca esqueci. Como tem coisas que marcam a gente né? Bom, aí fui morar em Campo Bom e conheci outra pessoa legal, o Paulo, mais conhecido como “Batata”. Voltei pra Ijuí e aí sim fiz amigos de verdade, amigos de fé que nunca saíram do pensamento. O Marcelo Nunes foi um deles. Eu estava na 5ª série e cheguei no Ruizinho no meio do ano e o cara me deu a maior força.

Outra grande amizade foi a do Edson Dessuy. Fomos colegas de aula, vizinhos e grandes amigos. Inseparáveis. Tem muita história entre a gente. Pela manhã estudávamos juntos e a tarde eram voltas de bicicleta ou lambreta (é, ele tinha uma lambreta!) ou então escutar música (converti ele aos Engenheiros do Hawaii... hehe). Acabei indo estudar à noite, no Ruizão, por influência dele. Nessa época tinha os amigos do meu irmão, que passaram a ser meus amigos também. Dentre eles, o Marcos e o Marcelo Reinke, Rafael Fiorin e o Juliano Fróis. Eram mais amigos do meu irmão, mas fizemos altos campeonatos de futebol de botão e jogos de bola no campo da Ouro e Prata. Nessa época conheci o Marcos Karlinski, ele jogava com a gente, de vez em quando, mas até então não passava disso. E no Ruizão, conheci outras pessoas. O Edson também conhecia o Karlinski e tinha o Marcelo Loeblein (também conhecido como “Marcelo do cemitério”). E meu irmão nos apresentou o Cícero Loureiro e então estava formada a turma. Depois juntaram-se ainda o Paulo Steglich e o Luiz André (vulgo “Carlinhos”). A gente não desgrudava nunca, um sempre estava na casa do outro. Foram inúmeras jantas (cada um dava alguma coisa e estava encaminhado o grude), foram muitas noites jogando war, canastra, vendo filmes, andando de bicicleta por aí, as festas da turma da escola...

E então vieram as mudanças. Cada um foi para um canto diferente. Talvez só o Carlinhos tenha ficado em Ijuí, o resto colocou o pé na estrada, cada um há seu tempo. Eu fui parar em Campo Bom, depois Novo Hamburgo, Fortaleza e agora Joinville. E os amigos? Bom, esses ficaram na memória. Com alguns ainda troco e-mails de vez em quando, uma mensagem aqui e outra ali no Orkut e é isso.

Já tem muitos anos que não os vejo pessoalmente, com exceção do Karlinski que foi fazer uma visita em Fortaleza. Mas mesmo assim guardo com muito carinho as lembranças dos meus melhores amigos.

“Amigos não estão juntos apenas quando pertos um do outro. Mesmo quando distantes, permanecem nos nossos pensamentos.”

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