Há pouco estava lendo o post do Marcos, em seu blog, sobre os tempos, bons tempos por sinal, dos jogos de futebol de botão e, quando me dei conta, estava viajando nos meus pensamentos. Parecia aquela cena clássica dos filmes, onde o passado vem em flash em preto e branco.
“Foi um tempo que o tempo não esquece
que os trovões eram roucos de se ouvir...
cavalgando em martelo agalopado
e viajando com loucos pensamentos...”
que os trovões eram roucos de se ouvir...
cavalgando em martelo agalopado
e viajando com loucos pensamentos...”
Já havia postado antes que conheci o futebol de botão jogando com meu primo. Não lembro muito bem como foram as primeiras partidas, só que eu e o Flávio adorávamos e, certa vez, pedimos o campo do Jorge emprestado (mas os botões não vieram). E aí entrou o improviso. Minha infância foi humilde e então nossos times eram tampinhas de garrafa, a bolinha era literalmente um botão. Sim, aqueles de camisa mesmo. As goleiras não lembro como improvisamos, mas dava para fazer altos jogos. E assim foi nosso começo. Apesar da simplicidade, era muito divertido. Até que numa noite a mãe veio nos acordar e, quando chegamos à cozinha, estava lá, a mesa de botão com dois botões de verdade. Os times eram o Internacional e Atlético-MG. Ambos eram do tipo panelinha, aqueles bem simples. O time do Inter era mais chatinho, todo vermelho e o Atlético-MG mais alto e transparente. Confesso que fiquei emocionado só de lembrar, posso até imaginar o brilho em nossos olhos. Foi um dos presentes mais importantes da minha vida. Mas até hoje me pergunto por que Atlético-MG e não Grêmio? Vai saber né...
E foram com esses botões que começamos a jogar os campeonatos com a turma do Jorge. Lógico que não tínhamos a mínima chance, pois éramos meros coadjuvantes. Todos eles jogavam com puxadores e nós com os panelinhas. Seria o mesmo que comparar a saga dos times de pouca expressão desse Brasil a fora disputando a Copa do Brasil contra os “grandes” da Série A. Tá certo que às vezes um ou outro time surpreende, como por exemplo, um tal de União de Rondonópolis que deu uma chinelada no Internacional.
Após alguns campeonatos eles fizeram uma “vaquinha” e nos doaram seis puxadores, três para cada um. Bom, aí mudou um pouco o nível, mas no máximo passávamos para a 2ª fase do campeonato.
E foi assim que nasceu o amor pelos botões. Guardo meu time com todo carinho e só não comprei um campo por não ter com quem jogar. Mas confesso que sempre que vou a alguma loja de esportes fico namorando os campos e dá uma coceira nas mãos... hehe.
E foi assim que nasceu o amor pelos botões. Guardo meu time com todo carinho e só não comprei um campo por não ter com quem jogar. Mas confesso que sempre que vou a alguma loja de esportes fico namorando os campos e dá uma coceira nas mãos... hehe.
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